sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Subway


O cheiro possante  atravessa a porta.O calor ardente que me consome.O toque desejado a cada palpitação.A estranha sedução que entrou em mim.
Na estação do pecado,por entre a entrada de tantos outros,surgiu ele.
Alto moreno,de olhos enigmáticos.
Sentou-se no lado mais oposto dentro da recta perfeita para trocarmos olhares.
Enquanto o imaginava tocar-me,posicionava-me para seguir o seu rumo.
Baixa.
Que outra?
Caminhei ,segura de meus passos,suando desejo.
De soslaio ele espreitava.
Perdi-o.
Rodoei o largo onde o movimento alheio me consumia.
..até me sentir agarrada,presa,entre o medo e a incerteza.Seria ele?
Não trocamos nomes.Não trocamos impressões..entre nós beijos ardentes deram lugar ao prazer limitado,por uma rua que afinal,ainda se encontrava movida de gente.Ao fundo uma placa pouco chamativa demosntrava a existencia de um albergue..e mais perto vejo-o tomar conta da ocorrencia.
Subimos para o 284,agora separados como se a medo aos poucos nos estivessemos a arrepender.
Deixou-me entrar.
Observei o quarto até me sentir novamente agarrada.Sentia as suas palpitações fugazes,gerido por um dominio sobre meus braços,minha cintura,meu corpo..
Rendida pelo seu dominio deixei-o entrar,para então recebe-lo,dando lugar á plena ligação.
Não me recordo se foram as posições,os orgasmos,ou o facto de ele ser um perfeito amante desconhecido..mas o extase ainda palpita a cada palavra que escrevo.
Naquela tarde de terça-feira,em pleno bairro alto,num albergue consumido de pecado;
Vesti-me,acendi um cigarro e antes de bater a porta disse, Meu nome é Lola,muito prazer.

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